28.8.07

Não escolhemos ser o que somos, NÃO!

Ser rico não é crime, mas ser pobre não é uma escolha, uma opção de vida...


Ser inteligente e culto não é mérito e sim sinal de privilégio, mas ser burro não é uma questão de deficiência de caráter e sim de ser vítima de uma epidemia cujo agente, "a verdade política", é pulverizado no ar por forças que se alimentam da ignorância em massa.
Precisamos entender o mundo com o olho do outro e principalmente, saber se queremos a polícia e a política igual para todos. Porque se for assim, nós, OS abastados, teremos que socializar nossas riquezas e teremos que sentar no banco da escola pra estudar ética, pra parar de fechar o cruzamento, de estacionar em lugar errado, de chamar as pessoas usando a buzina, de fechar as ruas pra comemorar jogo de futebol, de trocar de celular de mês em mês encostando" um aparelho feito pra durar 10 anos e se esquecendo que aquilo vira lixo...

14.8.07

13.8.07

BIO?combustíveis

Os grandes slogans estão lançados: biodiesel, biocombustíveis, ou verde, combustíveis verdes, "o combustível que vê a vida verde"… A edição especial da Ford, Cahiers de l'Automobile, apresenta o título "Bio-Combustíveis", Bio com 7 cm de altura e combustíveis com 1,5 cm de altura: os grandes truques da semântica para adormecer o povo. A atribuição do termo "bio" aos necro-combustíveis vai, no entanto, ganhando terreno rapidamente.

Os combustíveis vegetais não são bio: eles são extraídos de plantas cultivadas com toda a artilharia pesada dos input da agro-química e dos pesticidas. Os termos "biodiesel", "bioetanol" e "biocombustíveis" passaram para a linguagem comum num tempo recorde, na sequência de enormes campanhas publicitárias e mediáticas.

Esses combustíveis vegetais são obtidos graças a processos de extração industrial muito complexos. O termo "bio" significa "vida". É difícil de perceber por que razão é que esses combustíveis vegetais têm o prefixo bio. Por acaso, fala-se em bio-trigo ou bio-tomate ou de bio-milho? Estamos no seio de uma gigantesca impostura semântica. Deveria falar-se de "necro-combustíveis", de necro-etanol" e de necro-diesel. Necro significa morte e só este prefixo é que pode qualificar os aspectos técnicos, ecológicos e humanos desta farsa sinistra. Os combustíveis vegetais não são verdes, eles são vermelhos da cor do sangue. Eles vão aumentar a tragédia da subnutrição, da morte pela fome, da miséria social, do deslocamento das populações, da desflorestação, da erosão dos solos, da desertificação, da falta de água, etc.

Os grandes grupos petrolíferos que se aliaram aos grandes grupos da agro-alimentação e aos grandes grupos da agro-química e aos grandes grupos sementeiros para lançar esta farsa grotesca tentam tranqüilizar o cidadão fazendo de conta que os combustíveis vegetais não representam nenhuma "concorrência para as demandas alimentares".

Não há "concorrência para as demandas alimentares". No entanto, sabiam que: - o ano de 2006 foi declarado pela ONU, o "Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação"; - as atividades agrícolas geram uma erosão tal que a cada segundo, 2420 toneladas de solo desaparecem nos oceanos e nos ventos; - diariamente, por hora, 1370 hectares de terreno ficam desertificados para sempre; - 36 mil pessoas morrem de fome todos os dias. - segundo a FAO, a superfície média de terra cultivável por habitante era de 0,32 hectares em 1961/1963 (para uma população mundial de 3,2 mil milhões), de 0,21 hectares em 1997/1999 (para uma população mundial de 6 mil milhões) e será de 0,16 hectares em 2030 (para uma população mundial estimada em 8,3 mil milhões);- segundo alguns especialistas independentes, as projecções acima são altamente optimistas porque a superfície média de terra cultivável por habitante nos países pobres será somente de 0,09 hectares em 2014. - esses mesmos especialistas não tiveram em consideração, nos seus cálculos, o boom dos agro-combustíveis e as alterações climáticas; - segundo a FAO, a Índia perde a cada ano 2,5 milhões de hectares de terra e que a esse ritmo não restará mais do que uma grama de terra cultivável nesse país em 2050; - no decurso dos últimos 20 anos, cerca de 300 milhões de hectares (seis vezes a superfície da França) de floresta tropical foram destruídos para a implantação de domínios latifundiários e de pastagens, ou de plantações em grande escala de óleo de palma, de borracha, de soja, de cana de açúcar e outros produtos; - em Iowa, o coração do império transgénico do milho e da soja, as igrejas nas zonas rurais estão 1,5 m mais altas que os campos à volta porque o Iowa perdeu 1,5 m de solo fértil em pouco mais de um século. (…)O Professor Pimentel, da Universidade de Cornell (Ithaca, New York) já provou há vários anos que o balanço energético básico da produção de etanol é completamente negativo, porque a produção de milho tem um custo real (input, pesticidas, trabalho), sem falar da amortização do material agrícola que nunca é tido em conta porque o balanço seria demasiado indecente. Em suma, segundo o Professor Pimentel, o combustível vegetal aquece mais o planeta do que a gasolina! - Os agro-combustíveis vão acelerar a destruição dos ecossistemas contaminando ainda mais o solo, a atmosfera e as águas com pesticidas e outros elementos nocivos.

Um litro de etanol leva à erosão de 15 a 25 kg de terra: entenda-se aqui erosão como desaparecimento puro e simples.E no que diz respeito à água? É o descalabro final. São necessários entre 500 a 1500 litros de água, dependendo das regiões, para se produzir um quilo de milho. Isso significa que a produção de um litro de etanol à base de milho requer a utilização de 1200 a 3600 litros de água! Recebemos um email dos nossos amigos da Guatemala. O preço da tortilha (alimento tradicional à base de milho) aumentou para 80%. A situação é idêntica no México. O aumento do preço da tortilha de 40 a 100% origina sérias revoltas em todo o país. Há alguns anos atrás, os agricultores deixaram de produzir o seu milho tradicional no Guatemala e no México porque se tornou mais barato comprar a tortilha à tortilleria industrial do que cultivar a sua "milpa" devido ao "dumping" de milho proveniente dos EUA.

Mas, atualmente, a situação mudou: os EUA guardam o seu milho (20% da colheita de milho é transformada em etanol) e os mexicanos morrem de fome!
Estudo demonstra que a produção de etanol e
biodiesel consome mais energia do que aquela proporcionada por estes
combustíveis:

Converter plantas como milho, soja e girassol em
combustível gasta mais energia do que o etanol ou o biodiesel fabricado,
segundo
um novo estudo da Universidade de Cornell e da Universidade da
Califórnia
(Berkeley) "Não há benefício energético em utilizar a biomassa
das plantas para
produzir combustíveis líquidos", afirma David Pimentel,
professor de ecologia e
agricultura em Cornell. "Estas estratégias não são
sustentáveis".

12.8.07

A "caixa d'água" do Brasil


Nas últimas décadas, a região Centro-Oeste do Brasil vem se transformando numa espécie de celeiro do país, especialmente com a expansão e consolidação de uma agricultura de caráter empresarial, onde as vedetes são o cultivo da soja e do algodão.

Do ponto de vista natural, o Centro-Oeste se destaca pela presença de amplas áreas das chapadas tropicais recobertas extensivamente pela vegetação do cerrado e por uma região conhecida como Pantanal, com características de transição morfoclimática, identificada por uma extensa baixada, com formações vegetais heterogêneas e drenada pelo rio Paraguai.

Quando se observa um mapa da rede hidrográfica do Brasil, percebe-se que no interior da região Centro-Oeste correm cursos fluviais para todas as direções. Por isso, o chamado Planalto Central é o mais importante dis¬persor de águas da rede hidrográfica brasileira. Quatro grandes bacias hidrográficas drenam áreas do Centro-Oeste de forma mais ou menos equivalente.

A primeira é a Bacia Amazônica que drena a parte centro-norte de Mato Grosso onde correm vários afluentes da margem direita do rio Amazonas, como os rios Xingu, Juruena e Teles Pires, entre outros. A porção leste de Mato Grosso, o centro-norte e o oeste de Goiás são atravessados pelos rios da Bacia do Tocantins-Araguaia. Já, o centro-sul de Goiás e o centro-leste e o sul de Mato Grosso do Sul são cortados pelos rios da Bacia do Paraná. Por fim, toda a parte sul de Mato Grosso e a porção noroeste de Mato Grosso do Sul são atravessados por rios da Bacia do Paraguai.

Os rios dessas bacias não cruzam exclusivamente as unidades federativas do Centro-Oeste, mas estendem-se por outras regiões brasileiras e também por nações vizinhas ao nosso país. Isso atribui ainda maior importância à rede hidrográfica do Centro-Oeste: vários países sul-americanos, entre os quais o Brasil, têm o maior interesse em incrementar a navegação fluvial.

Diferentemente ao que ocorre em outras regiões do país, os divisores de água do Centro-Oeste nem sempre separam de forma nítida uma bacia hidrográfica de outra. Isso decorre do fato de que, na região, uma parte considerável das elevações é constituída por formas de relevo cujo "topo" é marcado por grande horizontalidade.

Por conta desse aspecto morfológico, os altos vales e as nascentes de rios de diferentes bacias podem se localizar tão próximos uns dos outros, que os cursos fluviais podem se dirigir, indiferentemente, para uma ou outra bacia. Esse "embaralhamento" de rios de bacias hidrográficas diferentes é conhecido como "águas emendadas".

Em função de suas características morfológicas e hidrográficas, a região Centro-Oeste funciona como uma espécie de "caixa d'água" do país, na medida em que dispersa águas em todas as direções. Essa condição geográfica é um fator de grande relevância para uma maior e mais produtiva integração nacional e continental.

Nelson Bacic Olic - Revista Pangea.

9.7.07

OBRIGADO POR NÃO PENSAR!

A mídia devora verdades, mastiga e regurgita pedaços de fatos, vendidos como totalidade de nossa realidade. Contudo, o que é mostrado não passa de uma versão manipulada dos acontecimentos, disponibilizada com o intuito de esconder a amplitude, a abrangência e as motivações do que realmente está se desenvolvendo.
Assim, a mídia surge como o mais poderoso instrumento de coerção e de desmobilização social da busca pela verdade, decorrentemente adversa ao estabelecimento de mais justiça social, de melhor qualidade de vida e do desenvolvimento dos potenciais humanos.
Em nome das grandes mídias, agradeço ao público: OBRIGADO POR NÃO PENSAR!

1.7.07

Q vergonha!

1997
Era uma noite quente de abril quando cinco estudantes bem alimentados e educados sob os auspícios da fina flor da sociedade brasiliense se cansaram de seus videogames e resolveram sair às ruas à caça de brinquedos mais emocionantes.Os mimos dados por papai e mamãe não mais satisfaziam os impulsos desses meninos sapecas e cheios de energia. Um deles ofereceu o carro – outro brinquedinho patrocinado por papai – e os demais embarcaram. Não demorou para a capital federal lhes apresentar uma diversão digna de gente de alta estirpe. Avistaram uma construção pública que lhes era completamente estranha. Sabiam que chamavam aquilo de "ponto de ônibus", para eles algo absolutamente inútil. Como podem gastar dinheiro público com coisas assim? Pensavam. Aquilo só servia para oferecer abrigo a quem se utilizava do transporte público, outro conceito que eles não conheciam nem de perto. Ademais, nunca se imaginaram colocando seus abonados buzanfãs tratados a talquinho italiano num banco de concreto tão nojento. Naquela noite estrelada, eles descobriram que o dito equipamento público tinha outra função que era muito mais nociva à sociedade dos meninos educados.O ponto também servia de abrigo a indigentes que, como o próprio nome diz, são menos que gente. Essa espécie se enquadra numa categoria entre os cachorros e os ratos, uma vez que muitos cães encontram abrigos quentes e sociedades que os protegem e os ratos se escondem nos esgotos para não se exporem empontos de ônibus. Imagine a indignação experimentada pelos rapazes ao encontrar naquela parada de ônibus um desses indivíduos que emporcalhavam a cidade com a própria existência. Numa atitude patriótica e de cunho sócio-saneador, o grupo que estudou nas mais caras escolas da cidade decidiu cauterizar aquele cancro social. Imbuídos desse nobre dever cívico, espalharam combustível o mais uniformemente possível sobre aquela subpessoa que ousara nascer num mundo muito mais educado doque ela. Riscaram um fósforo e observaram com atenção (como convém aos que conhecem o método científico) como se comportava o fogo ao queimar um material tão vil e de tão pouca serventia. Satisfeitos, voltaram para casa com a sensação do dever cumprido e admirados com a própria capacidade de unir prazeres e obrigações. Dormiram tranqüilos. No dia seguinte, o mundo desabou sobre suas iluminadas e endinheiradas cabecinhas. Só metade de sua contribuição à sociedade havia se completado. O alvo tinha sido eliminado, é certo, só que ele não era um indigente, mas um índio o que o colocava numa categoria ligeiramente superior aos moradores de rua,ainda que não gozasse do status de "gente". Claro que além do amparo dos poderosos papais que vieram em seu socorro, havia também a eloqüente justificativaque pesou em seu favor: "Foi mal! Pensamos que fosse um mendigo!"
A "Justiça",que por cinismo ou deboche gosta de usar esse nome no Brasil, nem considerou homicídio, preferiu classificar a estripulia como "agressão física". Afinal,o que matou o índio foram as queimaduras não o ato dos marotos. Quatro passaram pouco tempo em pseudo-prisões de onde saíam para tomar cervejae fazer faculdade (afinal eram educados!). Desde 2004, estão sob liberdade condicional, ou seja, condicionada a que não cometam mais diabruras nem gestos de crianças mal-educadas. O quinto nem foi incomodado porque era menor (ops!)criança!
.
2007
Cinco capetinhas da crème de la crème carioca, satisfeitos por viverem num país em que há "Justiça" (eles nunca notaram a sutil piadinha por trás dessapalavra) também saíram à noite a brincar e a gastar a mesada que os papais lhes davam. Eles se esbaldavam numa fresca madrugada de junho na Cidade Maravilhosa,quando se depararam com aquela aberração que o governo insistia em manternas vias públicas: o ponto de ônibus. Sob o abrigo, identificaram outra subespécie que não deveria jamais conviver com seres humanos: a das prostitutas. Cheios de altivez moral, não pensaram duas vezes em sair de seu carro e limpar o quintal de casa dando uma boa surra nessas criaturas que tinham a petulância de se intitular "mulheres" e ainda mais "da vida". Pecaram pela desobediência. Lembra quando a mamãe falava para não deixaros brinquedinhos largados por aí? Pois é. Deixaram o carrinho de ferro soltona rua e enquanto brincavam de defender o bom nome da high society carioca,um taxista anotou a placa do dengo que papai havia dado. Por absoluto azar,uma das mulheres espancadas resolveu prestar queixa. Para o espanto da molecada,aquela pessoa (agora podemos chamá-la assim) tinha um status mais elevado em seu ranking sócio-biológico das espécies. Era uma empregada doméstica!Daquelas do mesmo tipo que eles tinham em casa e que lavavam as suas cuequinhas.
"Mil perdões! Foi mal! Pensamos que fosse uma prostituta!"
(Fábio Reynol)

22.6.07

A religião do individualismo

Estou preocupada com o futuro dos meus filhos, da sociedade, do nosso planeta...
A globalização e a competitividade foram maus herdados por uma sociedade capitalista que a cada dia se torna mais individualista em todos os setores, preocupada com seus próprios interesses e conveniências.... q triste... Cada dia as pessoas se tornam mais mesquinhas...
Deveria então existir um mundo pra cada um... Para desgosto de muitos isto não é possível: vivemos em um mundo só! Vivemos em sociedade! Será q ninguém entende isso?
E esta secular e perversa estrutura individualista se reproduz como um câncer, faz desaparecer a razão, as emoções e os sentimentos das pessoas. Quer-se, acima de tudo, o "bem" para si próprio( seja lá o que for que isto signifique dentro de um contexto humano)! Como regra geral as pessoas buscam individualmente uma saída qualquer para a escravidão, a miséria, a loucura em que o século XX se enfiou.
“Em sua luta individual pela libertação, o homem se esquece de fatores fundamentais, como o fato de haver mais gente em igual situação e a ação coletiva tenderia a ser muito mais eficaz que a busca solitária.”
"Esta é a história de quatro pessoas chamadas TODO MUNDO, ALGUÉM,
QUALQUER UM e NINGUÉM. Havia um importante trabalho a ser feito e TODO MUNDO
estava certo de que ALGUÉM o faria. QUALQUER UM poderia tê-lo feito, mas NINGUÉM
o fez. ALGUÉM ficou irritado porque a obrigação era de TODO MUNDO. TODO MUNDO
achou que QUALQUER UM poderia dar conta do trabalho, mas NINGUÉM percebeu que
TODO MUNDO deixaria de ajudar. O resultado foi que TODO MUNDO botou a culpa em
ALGUÉM na hora em que NINGUÉM fez o que QUALQUER UM poderia ter
feito."

20.6.07

Desertificação

Domingo passado, 17 de Junho, foi Dia Mundial de Combate à Desertificação, data instituída em 17 de junho de 1994, em Paris, no encerramento da Convenção Internacional de Combate à Desertificação. O Brasil é o país com a região semi-árida mais populosa do mundo. Esse fenômeno, portanto, faz jus à preocupação constante e a políticas públicas que contemplem suas especificidades.
O que deveria ser apenas mais um fenômeno da natureza, restrito a algumas áreas do planeta, é hoje uma preocupação para mais de 100 países, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Por ser um processo lento, as conseqüências dessas transformações ocasionadas pela degradação dos recursos naturais, ocorrida há tempos, só passaram a ser percebidas nos últimos anos.
A desertificação pode ser um processo natural, o que a torna difícil de ser evitada. Porém, no caso do Brasil e de outros países, as causas mais freqüentes da desertificação estão associadas ao uso inadequado do solo e da água no desenvolvimento de atividades agropecuárias, na mineração, na irrigação mal planejada e no desmatamento indiscriminado, todas relacionada à ação do homem. Não podemos desconsiderar a contribuição do aquecimento global no agravamento da situação.
Dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA) apontam que a desertificação chega a ocasionar prejuízos de 300 milhões de reais por ano. A solução para reverter essa situação é recuperar as áreas degradadas. Segundo o coordenador do Programa de Nacional de Combate à Desertificação, do MMA, José Roberto Lima, isso teria um custo anual de dois bilhões de reais.
Para enfrentar esse fenômeno, as entidades que fazem parte da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) vêm apostando em estratégias de convivência com a região, tendo a agroecologia como base. “Esse é um novo modelo para produzir alimentos, gerar renda e qualidade de vida para as famílias, sem destruir a capacidade produtiva dos agrosistemas para as próximas gerações”, afirma Paulo Pedro, coordenador de programa da ONG Caatinga e integrante do Grupo de Trabalho de Combate à Desertificação (GTCD), da ASA.
Mônica Pinto / AmbienteBrasil.com.br

13.6.07

Brasil...



O problema do Brasil, no fundo, não é o esquerdismo, não é a corrupção, não é a violência, não é nem mesmo o "poder secreto". É o desprezo atávico pelo conhecimento, ao lado de um amor idolátrico aos seus símbolos exteriores: diplomas, medalhas, honrarias acadêmicas, títulos honoríficos.
Os dois pilares em que se assenta o poder global são a ignorância e a confusão. A primeira se produz ocultando os fatos; a segunda, divulgando-os em desordem perturbadora, sem uma perspectiva intelectual sensata. (Olavo de Carvalho )

LIXO

A palavra lixo, derivada do termo latim lix, significa "cinza". No dicionário, ela é definida como sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor.
Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas atividades humanas.
Desde os tempos mais remotos até meados do século XVIII, quando surgiram as primeiras indústrias na Europa, o lixo era produzido em pequena quantidade e constituído essencialmente de sobras de alimentos. A partir da Revolução Industrial, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no mercado, aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas. O homem passou a viver então a era dos descartáveis em que a maior parte dos produtos — desde guardanapos de papel e latas de refrigerante, até computadores — são inutilizados e jogados fora com enorme rapidez.Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escassas. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e piorou as condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas. Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depósitos existentes nas periferias das cidades.
A questão é: o que fazer com tanto lixo? Felizmente, o homem tem a seu favor várias soluções para dispor de forma correta, sem acarretar prejuísos ao ambiente e à saúde pública. O ideal, no entanto, seria que todos nós evitássemos o acúmulo de detritos, diminuindo o desperdício de materiais e o consumo excessivo de embalagens. Nos últimos anos, nota-se uma tendência mundial em reaproveitar cada vez mais os produtos jogados no lixo para fabricação de novos objetos, através dos processos de reciclagem, o que representa economia de matéria prima e de energia fornecidas pela natureza.


12.6.07

Plantar Árvores

As pessoas estão se dando conta da importância de plantar árvores. Pela sombra, pela beleza, pelos frutos, pelo verde, pela manutenção dos sistemas da Terra, pela busca de um novo equilíbrio ser humano/natureza...

Infelizmente, porém, um plantio local e eventual ainda é muito pouco no esforço de reflorestamento necessário à preservação do Planeta se, paralelamente, não mudarmos certos hábitos que dependem de desmatamento. (Só para compensar o gás carbônico que produz ao usar madeira e combustíveis fósseis, cada americano teria de plantar 900 árvores por ano!).


Inúmeras atividades humanas causam, direta e indiretamente, a destruição contínua de árvores em todo o mundo. Considerando apenas nosso consumo e nosso lixo:

1) - árvores são derrubadas para virar papel, grande parte sub-utilizada para escrita e impressão ou desperdiçada na forma de embrulhos e embalagens...que viram lixo, só de guardanapos de papel o Brasil joga fora 15.000 toneladas por ano!

2) - árvores são derrubadas para virar lenha e servir como combustível... muitas vezes para a produção de objetos e embalagens supérfluas e descartáveis... que também viram lixo;

3) - árvores são derrubadas para construção de usinas hidrelétricas... cuja energia muitas vezes é usada na fabricação de produtos supérfluos e descartáveis ... que viram lixo; a latinha de alumínio, por exemplo, é um produto que consome muita energia, exigindo instalações de grande impacto ambiental;

4) - e árvores são derrubadas para abrir espaço para o próprio lixo.


Reflorestar a Terra é fundamental para revertermos o quadro de degradação global. Mas podemos e devemos, acima de tudo, rever nossos hábitos, refletir sobre nossas reais necessidades, racionalizar o consumo, combatendo o consumismo e o desperdício. Incorporar na nossa rotina o hábito de recusar embrulhos desnecessários, adotar embalagens retornáveis, reaproveitar papéis, repartir impressos (como jornais e revistas), economizar água e separar o lixo para a reciclagem e compostagem já é um começo. Portanto, caro leitor, plante árvores. Plante no jardim, na calçada, na escola, no terreno baldio, nas encostas da Serra do Mar. Mas também faça algo que está bem ao seu alcance: jogue menos árvores no lixo.

10.6.07

Aquecimento Global




Nos últimos meses, a polêmica sobre aquecimento global ganhou proporções planetárias depois que, em novembro do ano passado, na 12ª Conferência das Partes da Convenção Quadro de Mudanças Climáticas, a Agência Internacional de Energia (AIE) previu aumento de 55% das emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2030, se os atuais padrões tecnológicos de produção e de consumo forem mantidos.
Outro relatório, produzido pelo governo britânico, calculou que o prejuízo econômico com o aquecimento global chegará a US$ 7 trilhões. Mais recentemente, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) publicou a primeira parte de seu quarto relatório sobre os impactos deste aquecimento no desenvolvimento social e econômico dos países. De acordo com os dados, numa expectativa otimista, a temperatura média do planeta subirá de 1,8ºC a 4ºC até 2100. Isso implicará reduções drásticas na produção agrícola, crises no abastecimento de água, migrações forçadas das populações do litoral para o interior, mudanças nos hábitos diários da sociedade e impacto na biodiversidade do planeta. O mundo ficou apavorado, já que os resultados alarmantes são, segundo os cientistas, 90% decorrentes da ação humana. Esta não é uma discussão isolada, que tem por base apenas os aspectos climáticos: ela se aprofunda nos padrões de produção e consumo da sociedade.

Durante quanto tempo a biosfera conseguirá se regenerar para sustentar o atual modelo predatório de desenvolvimento econômico, em hegemonia há séculos?
Esta é uma pergunta que o homem se faz desde 1972, quando ocorreu a primeira Conferência sobre o Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas (ONU).
(Laura Lopes).

Poluição de mananciais


A situação dos recursos hídricos no Brasil é crítica.

O país tem oito por cento de toda água doce do planeta, mas seus mananciais estão ameaçados pelo esgoto sem tratamento, pelo aumento da demanda e pelo desperdício. Um panorama atual da questão foi traçado no Relatório Nacional sobre Gerenciamento da Água no Brasil, recém-elaborado pelos professores Carlos Eduardo Tucci, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Oscar Cordeiro, da Universidade de Brasília (UnB), e Ivanildo Hespanhol, da Universidade de São Paulo (USP).

O estudo aponta a inexistência de tratamento de esgoto nas cidades como a maior ameaça aos rios, lagos e lagoas do Brasil. Em 1998, a coleta de esgoto doméstico foi de 7,1 milhões de metros cúbicos por dia, dos quais apenas 2,7 milhões foram tratados. "Nas áreas urbanas, são muito raros os cursos d’água sem nenhum grau de poluição", informa o professor Oscar Cordeiro. Por isso, a cidade de São Paulo busca o líquido cada vez mais longe para abastecer sua população: mais da metade da água consumida ali vem do rio Piracicaba, no interior do estado.
Nem mesmo os aqüíferos (reservas subterrâneas de água) estão protegidos. Fossas, indústrias e pólos petroquímicos são os principais responsáveis pela poluição desses mananciais. Em Recife, os aqüíferos estão em processo de salinização. Para fugir do racionamento, famílias de classe média que moram na região litorânea da cidade cavam poços para retirar água das reservas subterrâneas. Com o uso contínuo, a tendência é que a água do mar se infiltre nos poços e inviabilize seu consumo.
O racionamento é uma realidade cada vez mais presente: cerca de cinco milhões de paulistanos convivem com ele hoje. O aumento da demanda tende a agravar a situação. Metrópoles com mais de um milhão de habitantes crescem 0,9% por ano, e a população de cidades de 100 a 500 mil habitantes aumenta anualmente 4,8%. Além disso, é alta a percentagem de desperdício na distribuição de água no país. Cerca de 39,6% do líquido é perdido em vazamentos subterrâneos ou em ligações clandestinas.
Desde 1997, uma lei brasileira permite a cobrança pelo uso da água. Hoje, o consumidor paga apenas o tratamento e a distribuição, recebendo o líquido de graça. A medida, já praticada em países como França e Estados Unidos, pretende diminuir o consumo e promover o uso consciente dos recursos hídricos. "Nesses países, a cobrança surtiu efeito. Mas será inócua se não houver medidas de esclarecimento da população e conscientização ambiental", afirma Cordeiro. Atualmente, apenas o Ceará cobra por esse recurso: as indústrias desse estado pagam pela água que consomem, que não passa por nenhuma forma de tratamento.
(Mara Figueira, revista Ciência Hoje).

5.6.07

Qnto vc paga por um pouco de carinho?


Num primeiro momento, tendemos a responder: “claro que nada!!!”. Será? Incrível como a carência afetiva tem se transformado numa verdadeira epidemia.

Vivemos num mundo onde tudo o que fazemos nos induz a “ter” cada vez mais. Um celular novo, um sapato de outra cor, uma jaqueta diferente, uma viagem em suaves prestações... E enquanto isso, nos sentimos cada vez mais vazios. Nossa voz interna faz um eco que chega a doer; e tudo o que realmente nos faria sentir melhores seria “apenas” um pouco de carinho.

A carência é tão grande, a sensação de solidão é tão forte que nos dispomos a pagar por companhia, por uma remota possibilidade de conseguir um pouco de carinho. Eu sei, você vai dizer: “de forma alguma, eu nunca saí com uma garota ou um garoto de programa; jamais pagaria para ter carinho”!

Pois é, mas não é de dinheiro que estou falando. Não se trata desta moeda. Estou falando das escolhas que fazemos, indiscriminadamente, em busca de afeto. As relações sexuais fáceis e fugazes, a liberação desenfreada de intimidade, a cama que chega nas relações muito antes de uma apresentação de corações... a rapidez com que “ficamos”, com que beijamos na boca, com que tocamos nossas “zonas erógenas” demonstra exatamente o quanto pagamos. Ou, ao contrário de tudo isso, a amargura e o mau-humor que toma conta daqueles que não fazem nada disso, que se fecham feito ostras, criticando e maldizendo quem se entrega, quem transa, quem sai em busca de afeto a qualquer preço... Enfim, de uma forma ou de outra, estão pagando pelo carinho que não dão e pelo carinho que, muitas vezes, não se permitem receber.Ou seja, se sexo realmente fosse tão bom, poderoso e suficiente quanto “prometem” as revistas femininas e masculinas, as cenas calientes das novelas ou os sites eróticos, estaríamos satisfeitos, não é?
Mas não estamos, definitivamente não estamos! Sabe por que? Porque falta conteúdo nestas atitudes, nestes encontros.
Não se trata de julgamento de valor nem de pudor hipócrita. Trata-se de constatação, de fato! Muito mais do que orgasmos múltiplos, precisamos urgentemente de um cafuné, de um abraço que encosta coração com coração, de um simples deslizar de mãos em nosso rosto, de um encontro de corpos que desejam sobretudo fazer o outro se sentir querido, vivo. Tocar o outro é acordar as suas células, é revivescer seus poros, é oferecer um alento, uma esperança, um pouco de humanidade, tão escassa em nossas relações.Talvez você pense: mas eu não tenho ninguém que esteja disposto a fazer isso comigo, a me dar este presente. Pois é. Esta é a matemática mais enganosa e catastrófica sob a qual vivemos. Quem disse que você precisa ter alguém que faça isso por você?!?Não! Você não precisa, acredite! De pessoas à espera de soluções o mundo está farto! Precisamos daqueles que estão dispostos a serem “a” solução! Portanto, se você quer transformar a sua vida num encontro amoroso, torne-se o próprio amor, o próprio carinho, a própria carícia. Torne-se a diferença na vida de pessoas, do maior número de pessoas que conseguir.

A partir de hoje, ao invés de sair pra festas dizendo que quer “beijar muuuuito”, concentre-se na sua capacidade de dar afeto e surpreenda-se com o resultado.Meu Deus, que coisa horrível não ter alguém ao seu lado que você possa tocar, que você possa acariciar.Sabe, a gente tem medo de dar carinho e ser rejeitado, de tocar o outro e ser chamado de “pegajoso”. E não estou falando de tocar estranhos, não... Estou falando de tocar amigos, familiares, pai, mãe, irmão, marido, esposa, namorado. Estou falando de afeto com aqueles que, teoricamente, são os mais próximos de nós, aqueles que em nossa agenda colocamos o nome para serem avisados caso algum acidente aconteça conosco.

Ofereça carinho gratuitamente e você passará a “pagar” por ele cada vez menos!
(Desconheço a autoria)

30.5.07

Barriga de cerveja



A indústria de bebida alcoólica no Brasil, especialmente a de cerveja, tem se valido sistemática e vergonhosamente das técnicas de manipulação da propaganda, utilizadas pela publicidade, para sustentar uma verdadeira campanha de embebedamento de toda uma geração de jovens do país, com foco nos rapazes de 13 a 25 anos. É toda uma legião de crianças, adolescentes e jovens adultos apresentando sinais precoces de dependência do álcool – exatamente a camada mais vulnerável e maleável à influência da propaganda.
Não precisa nem ser verão – aqui pelos lados do Sudeste e do Sul, para não mencionar o sempre verão de outras regiões do país – para flagrar bares vendendo bebida alcoólica para crianças e adolescentes sem nenhum constrangimento, sem nenhuma fiscalização, muitas vezes nas proximidades e mesmo nas portas de escolas e universidades. Casos clássicos em São Paulo: os arredores do colégio e cursinho Etapa, na estação Ana Rosa do metrô, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), bem como da Universidade Presbiteriana Mackenzie são regiões coalhadas de bares e botecos por todos os lados. Em vez de livros, muita cerveja. Em vez de bancos nas bibliotecas, cadeiras ao redor de mesas nas calçadas, lotadas de jovens de “porre” ou de “pileque”, erguendo copos como quem ergue troféus.
A campanha publicitária maciça e persistente intensifica-se no verão. Veiculada principalmente pelos canais de televisão, uma guerra surda vai opondo as diversas marcas de cerveja que associam ad nauseam a imagem do consumo dessa bebida à aquisição de uma mulher “boa”, “gostosa”, “redonda”, “bonita” etc. As propagandas são de uma manipulação tão descarada que andam agora usando como símbolos de homens bem-sucedidos no consumo de cerveja (e na conseqüente aquisição de uma mulher “boa”) sujeitos barrigudos e mesmo com histórico de alcoolismo comprovado!
Na propaganda da cerveja Antarctica, por exemplo, o garoto-propaganda é o ator Bussunda, um tanto obeso e barrigudo, sim, mas feliz porque tem uma mulher tão “boa” quanto a cerveja que deformou o corpo dele. No comercial da Brahma, o herói é o cantor Zeca Pagodinho, o qual já teria sido internado mais de uma vez por excesso de consumo de álcool e outras complicações.Num anúncio da cerveja Kaiser, a mensagem transmitida diz que, se a pessoa “vier” (o slogan é “vem, vem”) a consumir a cerveja, ganha uma mulher “loirinha, de biquíni, com piercing no umbigo”, o estereótipo da adolescente feminina tão cobiçada pelos rapazes. Faz alguns meses que um episódio relacionado à ascendência devastadora da propaganda sobre as mentalidades jovens me impressionou. Por ocasião da campanha da Schincariol, cujo slogan era “Experimenta”, tive oportunidade de testemunhar um grupo de meninas indo a um baile à fantasia fantasiadas de garrafa de cerveja. A parte de trás do short que usavam estampava, em letras grandes: “Experimenta”! Diante disso, para que serve a frase inócua – “aprecie com moderação” – que “regulamenta” os tais anúncios de cerveja? Que regulamentação é essa? Por que não proíbem de vez os anúncios como proibiram os de cigarro? Existe um mal pior entre o fumo e o álcool?Eis aí a cilada em que vai caindo ingenuamente toda uma geração. Uma das técnicas da lavagem cerebral praticada pelos publicitários no caso dos anúncios de cerveja pode ser chamada de “enquadramento coercivo”, como definem alguns estudiosos dos processos de manipulação empregados pela propaganda. “O enquadramento coercivo”, afirma Philippe Breton, citando Robert-Vincent Joule e Jean-Léon Beauvois, “é uma das formas mais manipulatórias de intervenção na mensagem destinada a convencer. Resulta, verdadeiramente, de uma estratégia destinada a enganar o receptor e que, como não é instantânea – pois funciona em dois tempos –, implica da parte do manipulador uma clara consciência daquilo que faz. Tecnicamente, esse tipo de enquadramento consiste em obter que o auditório adira a uma opinião ou adote um comportamento que não levanta nenhum problema de aceitação (no caso do anúncio de cerveja, conseguir uma mulher maravilhosa). Mas a aceitação dessa opinião ou desse comportamento serve depois de ponto de apoio eficaz para obter anuência a uma segunda opinião – aquela que, na realidade, interessa ao manipulador (no caso do anúncio, fazer com que o receptor da mensagem confunda a aquisição da mulher com o consumo de cerveja). Desse modo, a primeira aquiescência, sem conseqüências, acarreta como que automaticamente – mas, de fato, com uma fortíssima violência subjacente – a segunda, muito mais comprometedora. (...) O enquadramento coercivo ‘é uma tecnologia comportamental’ em que o manipulador efetua um ‘rodeio’ destinado a ‘obter, antes de tudo, um comportamento ou uma decisão que para ele tem apenas interesse como preparação para outras. Essa manipulação não pode, pois, deixar de ser deliberada’. Consiste, portanto, em criar uma situação em que uma primeira decisão leva o indivíduo a cair numa cilada (embriagar-se).”A propaganda só não diz aquilo que é verdadeiro no que se refere ao consumo da cerveja: que ela faz crescer um aleijão de barriga nos homens, além de provocar outros males gravíssimos – desgasta o organismo, altera a mente; compromete a disposição para o trabalho, gera desemprego, violência, acidentes de trânsito; causa todo tipo de doença, lesões no estômago, esôfago, pâncreas, fígado, entre outros. Para não falar da desgraceira que o consumo de álcool estimulado pela indústria da publicidade instaura em milhares de famílias, transformando em alcoólatras – ou “alcoolistas”, como se diz hoje – principalmente pais de família das classes baixas.
Não é à toa que a carreira de publicidade e propaganda é das mais disputadas nos vestibulares do país: é uma das mais bem pagas, os publicitários ganham da mídia tufos de dinheiro para inventar os comerciais que envenenam jovens e pais de família, gente que vive num mundo de ilusão e distorção de valores. A mídia paga alto para os publicitários terem menos conflito moral, menos vergonha dessa profissão que não deixa de estar a serviço da consciente ou deliberada degradação dos valores humanos.
(FELINTO, Marilene)

29.5.07

Senhor Piedade...

Agora eu vou falar pros miseráveis que vagam pelo mundo derrotados. Pra essas sementes mal plantadas que já nascem com cara de abortadas, pras pessoas de alma bem pequena remoendo pequenos problemas querendo sempre aquilo que não têm.
Pra quem vê a luz mas não ilumina suas minicertezas, vive contando dinheiro e não muda quando é lua cheia...
Pra quem não sabe amar, e fica esperando alguém que caiba no seu sonho...Como varizes que vão aumentando, como insetos em volta da lâmpada!
Vamos pedir piedade: Senhor, piedade! Pra essa gente careta e covarde!
Vamos pedir piedade: Senhor, piedade!Lhes dê grandeza e um pouco de coragem! (CAZUZA)

O que está acontecendo com as pessoas hoje em dia?
Estão anestesiadas, se conformando facilmente com esses absurdos que acontecem debaixo dos nossos olhos...

Porque? Porque nos preocupamos com a fome no mundo se chamamos o mendigo de vagabundo? Uma pessoa que vive na rua passando humilhaçao, fome e frio....Será que eles realmente tem preguiça de trabalhar?

Que pena que a covardia, a mentira, a falsidade e a desumanidade se tornaram comuns neste mundo....

Vou deixar aqui um trecho da musica: a paz reinará, da banda anjos de resgate

Não haverá um futuro
Se as crianças de hoje não aprenderem a amar
Pra mudar o mundo é preciso
Mais do que um simples sorriso
É preciso amar!
Porque será que as pessoas vêem a face do mal
Enxergam maldições?
E não conseguem sequer
Sentir a presença de Deus nos corações?
Se não buscarmos o Deus que é maior
Não haverá para nós um futuro melhor
Se não mostrarmos ao mundo o Deus que é amor
A paz não virá
Se nós buscarmos o Deus que é maior
Terminará num segundo a guerra e a dor
Se nós mostrarmos ao mundo o Deus que é amor
A paz reinará!

28.5.07

INAUGURANDO......

Olá! Esta é a minha primeira postagem!!!!! Espero fazer algo interessante...
Gostaria de inaugurar minhas postagens com um fagmento da revista Caros Amigos, onde a escritora Marilene Felinto(ADORO ESSA MULHER!!) fala sobre a Mídia:

“A mídia”, diz o manifesto, “pretendendo representar e sobretudo ser a ‘opinião’ pública, apenas defende seus próprios interesses, ou seja, os interesses do monopólio privado que ela representa. A mídia não é a opinião pública, mas o resultado das concessões da ditadura! Trata-se de uma operação reacionária e totalitária, que usa uma falsa identidade entre opinião pública e mídia. A mídia não foi eleita por ninguém, a não ser pelo dinheiro da publicidade que recebe por um discurso que agrada ao poder econômico. Ela já deixou, há muito tempo, de expressar a opinião pública, desde que as concessões públicas lhes foram entregues pelo Estado, em períodos históricos que estão longe de ser éticos e democráticos: a ditadura! A efetividade do poder da mídia (sua ‘audiência’ e suas tiragens) tem apenas bases totalitárias!”